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Por que Rails?
As primeiras linhas de código do V360 foram escritas em 2016. Mas se fôssemos reescrevê-lo hoje, em 2021, ainda usaríamos Ruby On Rails?
A resposta é sim!
E o objetivo desse post é dizer o porquê.
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O Ruby On Rails nasceu em 2003 e, 18 anos depois, a sua comunidade continua forte. Empresas maduras como Github, Gitlab, Shopify, Basecamp e Stripe (segunda startup mais valiosa do mundo, continuam utilizando-o.
De um tempo para cá, iniciou-se um movimento dessas empresas de atualização do framework e suas gemas para a última versão, trazendo uma gigantesca força financeira e de pessoas para o desenvolvimento do framework.
E não apenas empresas grandes e consolidadas, como essas já citadas, usam o Rails. Novas startups - como Linkana, Beep Saúde, Donorbox, Dev.to e outras mais - trazem inovação para o ecossistema.
Essa mistura de estabilidade e inovação faz o ecossistema Rails caminhar numa direção correta.
Uma startup não tem dinheiro, nem no início, nem nos primeiros anos.
Além disso, a escassez de talentos no mercado está cada vez mais visível, seja para empresas grandes, seja para startups. Em qualquer linguagem.
Então, ter uma tecnologia como o Rails, que é otimizada para times pequenos, é fundamental.
A arquitetura de "citadel" (explicada neste ótimo artigo da Appsignal - outra startup em Rails), permite que poucos desenvolvedores façam o trabalho de muitos.
Muitas das nossas decisões técnicas, no fim do dia, não geram valor algum para o cliente.
O Rails busca tomar exatamente essas decisões por você, fazendo com que consiga focar naquilo que realmente importa para seu usuário final.
Ao seguir as famosas convenções do Rails, você evita tomar dezenas (ou centenas?) de micro decisões, e as coisas simplesmente funcionam como "mágica".
O Rails nunca tentou brigar com a Web. Muito pelo contrário, ele busca se intrometer somente onde é realmente necessário.
Um exemplo disso é a decisão de remover o Webpacker como padrão no Rails 7. A web já chegou no nível de não precisar mais dele.
E qual a beleza nisso? A beleza é que a própria web já é uma das maiores criações da humanidade. Diferente de uma aplicação desktop, um site web escrito no dia 1 continua funcionando até hoje.
Ela tem defeitos, é óbvio. Mas no geral, as soluções para esses defeitos que tentaram sobrescrever a web ficaram para trás, como Flash e Java applets, por exemplo.
Até mesmo a tentativa do virtual dom, do React/Angular, já está começando a ser questionada. Basta ver o crescimento do Svelte na comunidade JavaScript.
O Rails, em 2003, percebeu que a melhor maneira era abraçar a web como ela é, e atuar somente no necessário e enquanto necessário.
Apesar de toda a brincadeira do "Rails não escala", a verdade é que ao longo do tempo ele se mostrou bem escalável.
Simon Eskildsen@sirupsen@dhh @nateberkopec @tobi yeah, we shared the recent numbers at Railsconf. 80K RPS peaks. youtube.com/watch?v=4dWJah…00:55 AM - 14 Jul 2017
Assim, estamos confiantes de que conseguiremos crescer ainda MUITO e por muito tempo usando Ruby On Rails.
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Poderíamos citar vários outros motivos que nos levariam a escolhê-lo novamente, mas aí o post se estenderia demais! :)
Se você quiser saber um pouco mais sobre o assunto ou ficou com alguma curiosidade, deixe aí nos comentários.
Obrigado, e esperamos que a leitura tenha valido a pena!
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