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Carreira em Y
Provavelmente você conhece a fábula da pessoa que era desenvolvedora sênior e foi "promovida" a gerente e não se saiu tão bem no novo cargo. Talvez você já tenha trabalhado com alguém assim, ou isso já tenha acontecido com você. Até alguns anos atrás o curso natural da carreira de desenvolvimento de software era depois de sênior você se tornar gerente, líder técnico, ou outro título similar.
Felizmente isso tem mudado, graças a famosa carreira em Y.
Para ilustrar vou contar a minha história...
Eu comecei a trabalhar como desenvolvedor de software por volta de 1998, enquanto fazia a graduação em Ciência da Computação. Em 2008 eu já era considerado desenvolvedor sênior, com experiência em uma série de projetos diferentes e neste momento resolvi mudar de empresa (sim, trabalhei todos esses anos no mesmo lugar, algo impensável para os dias de hoje mas que foi incrível para mim) e tentar o caminho de liderança.
Depois de mais de 10 anos atuando como líder técnico, empreendedor e CTO posso dizer, sem falsa modéstia, que me tornei um bom líder. Isso graças a dedicação, muitos erros e aprendizados, mentorias e a oportunidade de ter trabalhado com pessoas incríveis na (falecida) Drimio, Coderockr e Codenation.
No começo de 2021, já na Trybe, eu tive a oportunidade de repensar minha carreira, graças a nossa trajetória de carreira em Y. Para ter uma ideia de como funciona uma trajetória de carreira em Y, eu recomendo a leitura deste exemplo, que usamos como uma das inspirações na Trybe.
Nesse tempo todo em que eu passei liderando equipes, eu sempre atuei como líder de times relativamente pequenos, de no máximo 10 pessoas. Isso me permitiu praticar tanto a parte de soft skills (gestão de pessoas e conflitos, gestão de riscos e stakeholders, planejamento de carreira das pessoas, etc) quanto os técnicos (decisões de arquitetura, padrões de código, provas de conceito, code reviews, etc). Mas para dar o próximo passo na carreira de gestão eu precisaria fazer algo novo para mim: ser gestor de líderes técnicos, me dedicando cada vez mais a área de soft skills/gestão e me afastado da parte técnica.
E eu tomei a decisão de não seguir o caminho da gestão e sim voltar para o caminho de "contribuinte individual". Eu cheguei a essa decisão usando de algumas "ferramentas":
Posso dizer com certeza que toda essa reflexão me deixou empolgado com a nova trajetória que eu tenho pela frente. Vou continuar liderando pessoas desenvolvedoras, resolvendo problemas técnicos cada vez mais complexos, mentorando e ajudando outras pessoas a evoluirem suas carreiras.
Como tem sido sua trajetória? Quais lições você pode compartilhar para contribuir com este assunto?
E se você estiver procurando uma oportunidade de crescer na carreira e impactar milhares de vidas com a educação, lembre-se que estamos com várias vagas abertas aqui na Trybe ;)